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13M: Dia Nacional de luta e denúncia contra o Racismo é marcado por atos em todo o país

Nesta quinta-feira, 13 de maio, mais de 40 cidades brasileiras se manifestam contra o racismo, a violência do Estado e o genocídio negro. A Coalizão Negra por Direitos, com apoio de dezenas de entidades, entre elas, o ANDES-SN e suas seções sindicais, organiza diversos atos no Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo com o mote “Nem de bala, nem de fome, nem de Covid. O povo negro quer viver!”. Acesse aqui o local e horário do ato em sua cidade. 

Além do fim do racismo, as manifestações também exigem a garantia de auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia da Covid-19, o direito da população negra à vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a saída de Jair Bolsonaro (sem partido) da presidência. Nas redes sociais, pela manhã, foram levantadas as hashtags #13DeMaioNasRuas #BastaDeGenocídio #ChacinaDoJacarezinho para dar visibilidade aos atos e a data.

“O 13 de maio é um dia de denúncia e luta contra o racismo, por justiça, pelo controle da atuação policial em favelas e periferias de diversas cidades brasileiras e, também, para denunciar os atos de marginalização que a população negra tem vivido pela exclusão social. A maioria da população negra está fora do mercado de trabalho e tem sofrido mais com a pandemia. É a população menos vacinada e as mulheres negras vítimas da Covid-19 é quase o dobro de mulheres brancas. Esse é um retrato de como a gente tem vivido nesse processo de pandemia que por si só é desigual, mas é muito mais desigual para a população negra”, afirma Joselene Mota, 1ª vice-presidenta da Regional Norte II do ANDES-SN.

Luta contra racismo

Acontecimentos recentes confirmam como a luta contra o racismo segue sendo um dos principais temas da conjuntura brasileira. O massacre em Jacarezinho (RJ) na última semana (6), que vitimou cerca de 29 pessoas - dentre elas 28 moradores da comunidade e 1 policial -, trouxe à tona temas sensíveis que pairam na vida da população como a importância da construção de mecanismos de controle social da atividade policial.

Quando analisadas as políticas de Estado, o aprofundamento do ajuste fiscal e os recorrentes cortes no orçamento da União têm atingido diretamente serviços públicos como saúde, educação, moradia, transporte e, consequentemente, as pessoas que mais se beneficiam deles, a população negra e periférica. A aprovação das leis que flexibilizam leis trabalhistas e da Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela os gastos públicos por 20 anos, são duros ataques à população negra.

A população negra é também a mais atingida peça pandemia da Covid-19 com a ausência de políticas públicas estruturadas nas condições de saúde e sobrevivência econômica de milhões de brasileiros e brasileiras. O Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Instituto Pólis) apontou também que as populações negra (preta e parda) e indígena têm 39% mais chances de morrer por Covid-19 do que a população branca. Segundo a organização, em primeiro lugar, porque a população negra é mais acometida que outras populações pelas comorbidades que configuram fatores de risco para essa doença e, em segundo lugar, porque a população negra está mais exposta e sofre com condições desiguais de acesso à prevenção, diagnóstico e acompanhamento da Covid-19. Um levantamento da Agência Pública, publicado em março, mostrou que há cerca de duas pessoas brancas para cada pessoa negra vacinada no país, mesmo compondo mais da metade da população no Brasil. 

 13 de maio

A data 13 de maio para a população negra não tem efeito de comemoração, mas sim de um dia de luta contra o racismo, a exploração e o genocídio da população negra no Brasil. Apesar do marco para a história brasileira como o dia em que a escravidão foi abolida legalmente no país, através da assinatura da Lei Áurea em 1988, pela princesa Isabel, 133 anos depois, negras e negros ainda enfrentam, cotidianamente, as consequências dos mais de 350 anos de escravidão no país. O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão. Livres no papel, os negros recém-libertos enfrentaram o desafio do desemprego, da falta de moradia, do acesso à saúde, educação e outras políticas públicas.

Fonte: ANDES-SN



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