Centrais convocam Assembleia da Classe Trabalhadora contra Reforma da Previdência
Centrais sindicais, movimentos sociais e ativistas organizam
para amanhã (20) um grande ato contra a Reforma da Previdência. Atividades estão
previstas para ocorrer em vários estados. Em São Paulo será realizada, a partir
das 10h, na Praça da Sé, a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, que terá
a participação de trabalhadores de diversas regiões do país. A ADUFPel-SSind
estará representada por dois diretores e três integrantes do Conselho de
Representantes (CR).
A mobilização tem como objetivo apontar uma jornada
nacional de lutas, que incluirá um dia nacional de manifestações, paralisações
e protestos, em defesa da Previdência Pública, rumo à Greve Geral.
Até a realização de uma nova Greve Geral, será consolidadas uma série de ações nos estados para fortalecer a luta em defesa das aposentadorias. Para além desse calendário de atividades, outras ações, como fazer corpo a corpo junto aos parlamentares no Congresso também compõem as estratégias de atuação que terão várias frentes.
Outros
estados somam-se à luta
A CSP-Conlutas convocou trabalhadores de todo o Brasil para
o ato em São Paulo. Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul organizam caravanas para integrarem-se à atividade
na Praça da Sé.
A participação do ANDES-SN, assim como a construção de uma
Greve Geral, foi deliberada no 38º Congresso do Sindicato Nacional, ocorrido
entre os dias 28 de janeiro e 2 de fevereiro em Belém (PA).
Em circular encaminhada no dia 11 de fevereiro, a diretoria do ANDES-SN reforça a importância da participação das seções sindicais no ato. “Indicamos que as seções sindicais e secretarias regionais envidem esforços na construção de plenárias estaduais preparatórias ao dia 20 de fevereiro e que se organizem para participarem do ato em São Paulo”.
Proposta
da Reforma será apresentada amanhã (20)
A proposta de Reforma da Previdência deverá ser entregue nesta quarta-feira (20) aos parlamentares pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo o
secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
O projeto, elaborado pela equipe econômica do governo, que
já passou pelo crivo da área jurídica do governo, propõe uma ampla mudança nas
regras atuais. Entre as alterações, inclui-se a idade mínima para aposentadoria
65 anos para homens e 62 para mulheres.
O dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luis Carlos Prates, o Mancha, alerta para a tentativa de manipulação por parte do governo: “Vai mentir descaradamente e tentar manipular a população instigando a confusão para que de fato os trabalhadores não entendam os malefícios da reforma. Ao invés de trabalhar com a palavra “reforma” atuará com a palavra “mudança” o que pode soar como positivo para a população, o que tem como intuito acabar com a aposentadoria e direitos previdenciários”.
Luta
unificada
Em 28 de abril 2017, as centrais sindicais realizaram uma Greve Geral histórica no país contra a reforma da Previdência proposta pelo então
presidente, Michel Temer. Mais de 40 milhões de trabalhadoras e trabalhadores
foram às ruas protestar contra o fim da aposentadoria e também lutaram em
defesa da Previdência Social pública, universal, com valorização real, sem
privilégios, que amplie a proteção social aos que mais necessitam.
Depois da greve geral, novas manifestações ocorreram, como
o Ocupe Brasília, em 24 de maio daquele ano. Nessa manifestação, mais de 150 mil
pessoas marcharam na Esplanada dos Ministérios contra os ataques aos direitos
dos trabalhadores.
A pressão imposta pelas manifestações, tanto na capital do
país quanto nos estados, conseguiu travar a tramitação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287. Atualmente, a PEC 287 aguarda votação em Comissão
Especial na Câmara dos Deputados.
Confira o Boletim especial sobre a Previdência divulgado
pelas CSP-Conlutas.
Assessoria ADUFPel
* Com
informações de CSP-Conlutas e ANDES-SN