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Com agravamento da crise, endividamento das famílias atinge o maior índice em 11 anos


Sete em cada dez famílias brasileiras terminaram o ano de 2021 endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta terça-feira (18), pela Confederação Nacional do Comércio.


De acordo com o levantamento (confira a íntegra aqui), 70,9% das famílias estão endividadas, o maior índice em 11 anos. Em 2020, o nível médio de endividamento foi de 66,5%.


 As dívidas referem-se a pendências com cartões de crédito, empréstimos, cheque especial, crédito consignado, financiamentos, contas de luz, prestações no comércio, etc, segundo a CNC.


Em relação à inadimplência, a pesquisa revelou que 10,5% das famílias não tiveram condições de pagar as dívidas, uma leve redução de 0,56 pontos percentuais frente aos 11% registrados em 2020.


Entre os principais tipos de dívidas, o cartão de crédito é campeão, utilizado por 82,6% dos endividados, um aumento de 4,6 pontos percentuais em comparação a 2020. Na sequência, estão carnê (18,1%), financiamento de carro (11,6%) e financiamento de casa (9,1%).


Mais pobres, mais endividados

Segundo o levantamento, como sempre, a situação para os mais pobres foi mais difícil. Para famílias de menor renda, com orçamento de até 10 salários mínimos, o endividamento atingiu patamar recorde de 72,1%, com aumento de 4,3 pontos percentuais em comparação com 2020.


Já para pessoas com renda superior aos 10 salários mínimos, apesar de aumento mais significativo de 5,8 pontos percentuais em relação a 2020, a taxa de endividamento foi menor, alcançando 66%.


O recorte social também é verificado em relação à parcela da renda comprometida com as dívidas. Nas famílias com renda de até 10 salários, o comprometimento com as dívidas é maior.


Em média, os mais pobres gastaram 30,8% da renda com dívidas, enquanto a faixa dos mais ricos, 27,6%. Entre os que gastaram mais de 50% de sua renda com dívidas, 21,9% estão entre as famílias que ganham até 10 salários e 15,1%, entre os que ganham acima disso.


A pesquisa aponta que a inflação foi o que pressionou o maior endividamento dos mais pobres, que tiveram de se endividar para atender suas necessidades ou complementar a renda.


Os dados comprovam a profunda crise social instalada no país, marcada por desemprego, aumento da informalidade e condições precárias de trabalho, arrocho salarial, aumento da fome e da miséria. Situações que são resultado de uma política econômica ultraliberal aplicada por Bolsonaro e Paulo Guedes para favorecer os interesses de banqueiros, agronegócio e grandes empresas.


Fonte: CSP Conlutas

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