Enquanto EUA debate volta às aulas, casos de Covid aumentam
Mesmo sendo pressionados pelo presidente Donald Trump e por grupos empresariais, governadores de vários estados dos EUA decidiram adiar a volta às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas. É o caso de Arizona, Colorado e Mississipi, que planejavam o retorno para o mês de agosto, mas, diante do crescimento do número de infectados e mortos por Covid-19, tiveram que mudar os planos.
Um estudo da Universidade de Austin, no Texas, projetou o tamanho do perigo da volta às aulas presenciais nos Estados Unidos. Em determinadas regiões do país, uma escola com 500 alunos pode ter até 10 estudantes infectados que, assintomáticos, irão contribuir para seguir espalhando o vírus.
Em Ohio, no norte do país, o governador Mike DeWine detectou contágio por Covid-19 apenas quando realizou teste obrigatório para se encontrar com o presidente Trump. Caso contrário, teria seguido normalmente as atividades e contagiado mais pessoas. Nos estados da Califórnia e de Nova Iorque, dois dos mais populosos do país, os governos divergem. Enquanto no primeiro as aulas serão apenas virtuais, no segundo planeja-se o retorno gradual às atividades presenciais.
No Brasil, tão afetado pela pandemia quanto o país da América do Norte, a situação não é diferente. Tem crescido a pressão de empresários e de parte do poder público para a volta às aulas presenciais, mesmo em meio uma centena de milhar de mortos e mais de dois milhões de infectados. Na segunda-feira (10), no Amazonas retomou as aulas normais nas escolas públicas.
Em Pelotas, o cenário também é semelhante. Em que pese o retorno presencial ainda não ter sido autorizado, há pressões para que aconteça. Na UFPel, os trabalhadores têm se debruçado sobre esse tema e aguardado a avaliação do calendário alternativo em curso para ponderar novas estratégias.
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Assessoria ADUFPel com informações de Washington Post, BBC, Exame e Estadão. Imagem de EBC.