Assembleia Geral decide pela manutenção da greve
O Comando Local de Greve da ADUFPel realizou na manhã desta sexta-feira (21), Assembleia Geral para analisar a conjuntura e avaliar o movimento grevista. O encontro foi realizado no ASUFPel, onde docentes votaram a favor da manutenção do estado paredista.
A mesa, composta pela professora Regiana Wille, representando a diretoria da seção sindical, e os professores Luiz Henrique Schuch e Romério Jair Kunrath, ambos do CLG, após a leitura do edital, deu andamento ao encontro apresentando os informes do comando. A comissão de solidariedade falou das últimas ações do grupo e alertou para a situação complicada e difícil que algumas localidades da cidade enfrentam neste período pós enchente e ainda chamou a atenção para a importância da continuidade das doações.
A professora Valdelaine da Rosa Mendes, também representando o CLG, expôs uma avaliação feita em reunião do Comando Local, do comunicado 84, que apresenta todas as negociações com o governo até o momento. “Nós encaminhamos ao Comando Nacional de Greve a nossa apreciação sobre esse documento, deixando claro que a proposta do governo não nos contempla e está muito distante do que reivindicamos”, destacou ela.
Dando continuidade a Assembleia, o professor Luiz Henrique Shuch deu início ao debate do segundo ponto de pauta, que tinha como objetivo fazer uma análise do cenário e avaliar a greve. Shuch ressalta a importância de toda a articulação que envolve a mobilização até agora, inclusive com as demais categorias que atuam na educação federal. “Um movimento politizado, que vem questionando para onde vai a educação federal e para onde vai o fundo público”.
Sobre as negociações, o professor ainda enfatizou que a categoria não avançou em alguns aspectos e a proposta apresentada até agora não garante verbas necessárias para manutenção do funcionamento da maioria das universidades e institutos federais até o final deste ano, o que é preocupante. Além disso, também não dá conta da recuperação nem mesmo das perdas históricas salariais. “Um movimento que não recupera as perdas, é o 0% em 2024 e é uma mexida na carreira que mais desestrutura do que arruma”.
Diante de todas as explanações feitas pela mesa e pelos/as docentes que estavam presentes na assembleia, os encaminhamentos foram propostos e logo em seguida votados.
Encaminhamentos
Afirmar o caráter nacional e coletivo da greve de docentes federais, articulada com as demais categorias, e a sua importância em defesa da educação pública na atual conjuntura;
Indicar ao Comando Nacional de Greve a continuidade da greve, desencadeando uma jornada nacional de atos públicos, considerando que a intransigência do governo continua bloqueando a negociação dos 5 eixos da nossa pauta naquilo que é substantivo;
Não assinar qualquer tipo de Acordo ou Protocolo com o governo no estágio atual, exigindo negociação e compromissos efetivos, considerando: as negativas à nossa pauta, a rejeição unânime das assembleias gerais ao aprofundamento da desestruturação da carreira com desvalorização estrutural dos aposentados (chancelada pelo PROIFES), a insuficiência de recursos para funcionamento das instituições até o final do ano, a omissão de compromissos efetivos para revogar as medidas autoritárias, inclusive pelo MEC e a insistência governamental em obter um protocolo que iniba o movimento até 2026.
Assessoria de Imprensa ADUFPel
Fotos: Assessoria de Imprensa ADUFPel