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Notícia

Bolsonaro ignora dados sobre desmatamento e pede demissão do diretor do Inpe

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, exonerou o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, no dia 2 de agosto. O afastamento foi ordenado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que recebeu críticas de Galvão por contestar dados sobre o avanço do desmatamento divulgados pela instituição. O Inpe é a principal ferramenta do governo para estudos de sensoriamento remoto, utilizados para medir o desmatamento na Amazônia e outros biomas. 


No dia 19 de julho, o presidente, em entrevista a correspondentes internacionais, afirmou que a divulgação de informações sobre desmatamento feita pelo instituto prejudica o país em negociações comerciais. Já, de acordo com Galvão, ao contrário do que declara Bolsonaro, afastar o Inpe das medições do pode afetar "violentamente nossas exportações", devido à pressão de governos dos demais países contra o desmatamento da Amazônia para produção de produtos agrícolas. 


Desmatamento aumenta desde janeiro 

Os dados que o governo prefere desconsiderar, acendem um alerta sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, que cresceu 278% em julho, atingindo 2.254,9 km². Em relação ao mês anterior, em 2018, o índice ficou em 596,6 km². O desmatamento não aumentou apenas no último mês. Em junho, cresceu 60% comparado ao mesmo período do ano anterior. O ex-diretor do Inpe declarou que o ministro Marcos Pontes ignorou vários alertas desde janeiro deste ano.


A medição é feita por meio da Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que tem como função sinalizar áreas de devastação da floresta para órgãos de fiscalização ambiental, como o Ibama. São utilizados satélites internacionais qualificados, como, por exemplo, os do sistema Landsat, para medir solo exposto, vegetação remanescente e derrubadas que resultaram de atividades ilegais relacionadas à mineração. 


Militar irá comandar o Inpe interinamente

O ministro da Ciência e Tecnologia passou o comando do instituto para Darcton Policarpo Damião, oficial da Aeronáutica. O militar irá dirigi-lo interinamente até que uma comissão seja definida para elaborar uma lista tríplice e, assim, escolher o diretor definitivo do órgão. 


Darcton tem doutorado em desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília e já declarou não estar convencido de que o aquecimento global seja causado pela ação humana. 


Assessoria ADUFPel

Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT


* Com informações de EBC, Terra e O Globo. 

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