Dia do/a Trabalhador/a é dia de luta!
Nesta quarta-feira é celebrado o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras. O Primeiro de Maio é uma das datas de mobilização mais importantes do mundo e remete a lutas de séculos atrás.
Em 1886, trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, foram às ruas para exigir a diminuição da jornada laboral para 8 horas diárias sem redução de salário. À época, tanto lá quanto no Brasil, os trabalhadores eram submetidos a 13 horas de trabalho por dia, ou mais.
Houve atos também em outras cidades do norte dos EUA, como Detroit e Milwaukee. Em Chicago, cerca de 40 mil trabalhadores iniciaram uma greve na data. Três dias depois, em 4 de maio, a polícia local reprimiu um ato da greve, realizado na Praça Haymarket. Houve feridos, presos e dezenas de mortos.
A luta dos trabalhadores de Chicago e seus mártires foi homenageada três anos depois, em 1889, durante o Congresso da Internacional Socialista, realizado em Paris, na França. Foi então que o Primeiro de Maio passou a ser considerado Dia Internacional do Trabalhador.
No Brasil, a data passou a ser celebrada na segunda década do século XX, por influência dos operários europeus que começavam a trabalhar nos grandes centros do país. Em 1917 teve lugar a primeira Greve Geral da história brasileira, com reivindicações semelhantes às dos trabalhadores de Chicago anos antes: a redução da jornada para 8 horas diárias de trabalho.
Em 1924, o presidente Artur Bernardes decretou feriado no primeiro de maio. Já em 1943, o presidente Getúlio Vargas aproveitou a data para anunciar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Atualmente, mesmo com a pressão de empresários e grupos de comunicação para tentar transformar o Primeiro de Maio em “Dia do Trabalho”, trabalhadores de todo o mundo seguem se mobilizando na data, reivindicando-a como um importante dia de luta.
Assessoria ADUFPel com informações e imagens de ANDES-SN, CSP-Conlutas, Agência Brasil e Enciclopédia de Chicago.