O Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, celebrado em 7 de junho, foi criado para reforçar a importância da imprensa livre e independente como base essencial para a democracia. A data remete à revogação da censura prévia no Brasil, em 1978, ainda durante o regime empresarial-militar, sendo um marco na luta por direitos democráticos e transparência pública.

Mesmo com avanços institucionais, a liberdade de imprensa no país continua ameaçada. De acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), somente em 2024, foram registrados 144 casos de violência contra profissionais da imprensa, o que significa, em média, uma agressão a cada dois dias e meio. 

O número de casos de censura mais que dobrou, saltando de 5 para 11 em apenas um ano, com destaque para pressões exercidas por agentes públicos e decisões judiciais que buscam limitar a atuação jornalística. Já o assédio judicial representou 23 ocorrências, correspondendo a quase 16% do total, evidenciando uma tentativa recorrente de silenciar jornalistas por vias legais. 

Outro dado alarmante é a concentração dos ataques durante o período eleitoral: entre maio e outubro de 2024, ocorreram quase 40% dos casos de violência, sendo o mês de julho o mais crítico. Esse cenário expõe a vulnerabilidade dos profissionais em momentos de intensa disputa política.

Apesar dos desafios, o Brasil alcançou em 2025 sua melhor posição na última década no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, ocupando o 63º lugar. No entanto, a violência, a desinformação e a intimidação ainda ameaçam a integridade da atividade no país.

Texto: Assessoria de Imprensa ADUFPel, com informações de Fenaj, Carta Capital e Agência Brasil