10 de outubro é marcado pelo Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher
O dia 10 de outubro é marcado como o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, em memória de grandes mobilizações realizadas por mulheres em 1980, em São Paulo, contra o aumento dos crimes de gênero no país.
A data é símbolo de resistência, memória e luta por direitos. Mesmo com avanços legais e institucionalização de mecanismos de proteção, muitas mulheres ainda enfrentam barreiras para denunciar ou sair de situações de violência. As estatísticas mostram que muitas violências são convividas por longos períodos antes de serem denunciadas.
Exercer a cidadania significa também conhecer seus direitos e canais de apoio, para que nenhuma mulher fique desamparada.
Embora existam legislações e mecanismos de proteção, como a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), o panorama da violência contra as mulheres ainda exige atenção e ação efetiva.
Dados mais recentes sobre violência contra a mulher no Brasil
- De janeiro a julho de 2025, o Ligue 180 registrou 594.118 atendimentos e 86.025 denúncias de violência contra mulheres em todo o país — média de quase 17 denúncias por hora.
- Em 47,6% das ocorrências denunciadas nesse período, o suspeito era companheiro, ex-companheiro, marido ou namorado.
- Dos casos relatados de violência doméstica ou familiar, as formas mais frequentes foram: violência física (41,4 %), psicológica (27,9 %) e sexual (3,6 %)
- Em 2024, o país registrou 1.492 feminicídios — número recorde desde que esse crime foi tipificado — e 87.545 estupros, o maior número da história registrada.
- Os homicídios contra mulheres também aumentaram: dos 3.903 homicídios de mulheres em 2023, estima-se que 1.370 ocorreram no ambiente doméstico (34,5 %).
- O Atlas da Violência aponta que, em 2023, foram notificados 275.275 casos de violência contra mulheres — um acréscimo de 24,4 % em relação ao ano anterior. Desses, 177.086 foram classificados como violência doméstica (64,3 %).
Esses números reforçam a gravidade e a persistência da violência de gênero no Brasil, bem como a necessidade de fortalecer redes de acolhimento, prevenção, proteção e responsabilização.
Onde denunciar e buscar apoio em Pelotas e no Rio Grande do Sul Canais nacionais de denúncia e orientação:
Canais em Pelotas / RS:
- Delegacia da Mulher (DDM) de Pelotas:
Endereço: Rua Barros Cassal, nº 516, Bairro Areal. Atendimento presencial para denúncias e orientações locais das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h
Telefone: (53) 3310-8181
E-mail: pelotas-dm@pc.rs.gov.br
- Centro de Referência da Mulher (Cram): atendimento psicossocial gratuito, de segunda a sexta, das 8h às 14h, na Rua Três de Maio, 1.070
- Delegacia Online / App Mulher Segura: registro de boletins de ocorrência pela internet, via site da Polícia Civil ou aplicativo;
- WhatsApp da Polícia Civil (RS): número (51) 98444-0606 (disponível para denúncias no estado)
Canais nacionais de denúncia e orientação:
- Ligue 180: atendimento gratuito, 24 horas, sigiloso.
- Ligue 190: Polícia Militar, para casos de emergência, onde haja perigo imediato
- WhatsApp (61) 9610-0180 alternativa ao telefone para denúncias e orientações)
- Email: central180@mulheres.gov.br (para contato e encaminhamentos)
Assessoria de Imprensa ADUFPel, com informações do ANDES-SN, Agência Brasil, Ministério das Mulheres e Sinpaf