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Aulas por EaD prejudicam milhões de brasileiros sem acesso à internet

A imposição de aulas por meio do Ensino à Distância (EaD) durante a pandemia de Coronavírus (Covid-19), seja na educação básica ou superior, esbarra na realidade concreta de uma boa parte da população brasileira: o pouco ou nenhum acesso à internet dentro de casa. 20,9% das residências do país não têm acesso algum à internet, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua), divulgada em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Ou seja, em quase 15 milhões de lares do Brasil não há, sequer, acesso à internet por meio de conexões móveis. Na zona rural, são 50,8% das residências sem internet. Já na zona urbana, são 14,2%, segundo com o IBGE. Outra pesquisa, a "TIC Domicílios 2019", do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), aponta que aproximadamente 30% dos lares no Brasil não têm acesso à internet.


Diferenças sociais e regionais

Há enorme diferença de classe quando os números de acesso à internet são analisados. Segundo a TIC Domicílios, na “classe A”, apenas 1% não tem conexão. O acesso a notebooks e tablets, mais propícios ao EaD, também mostra disparidades. Na “classe A”, 90% têm notebook e 49%, tablet. Nas “camadas D e E”, os índices são de 3% e 4%, respectivamente.


Considerando apenas jovens de 9 a 17 anos, 71% dos mais pobres que usam internet só a acessam a rede pelo celular. Nas “classes A e B”, apenas 26% têm essa restrição. Há, ainda, grandes diferenças regionais. No Norte, apenas 19% dos lares têm um notebook. No Sudeste, o índice é de 33%. Segundo o IBGE, o menor índice de lares conectados à internet está no Nordeste (69,1%). No Norte, 77% das famílias da zona rural estão desconectadas da rede mundial de computadores.


Para além da falta de internet

Não é só a falta de conexão à internet e de aparelhos que impede uma parcela significativa do povo brasileiro de ter aulas por EaD. De acordo com a PNAD-Contínua 17,3% das crianças de 0 a 14 anos moram em residências que não têm acesso à rede geral de abastecimento de água e 40,8%, em locais sem conexão com o sistema de esgoto. 


Nas casas em que não há internet, as condições de saneamento são ainda piores: 29,3% sem rede de água e 60%, sem a de esgoto. A PNAD mostra, ainda, que 15,1% das residências em que há crianças abrigam seis ou mais pessoas. Em 40% delas, há mais de três moradores por dormitório.


Assessoria ADUFPel com informações de IBGE e CETIC. Imagem de EBC.

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