ANDES-SN completa 44 anos de lutas e conquistas nesta quarta-feira (19)
Nesta quarta-feira (19), o ANDES-SN completa 44 anos. Para homenageá-lo, relembramos um pouco da história do nosso Sindicato Nacional, do qual temos a honra de fazer parte.
O nascimento do ANDES-SN em 1981 – na forma inicial de associação nacional, pois a legislação vedava a organização de sindicatos de servidores públicos – se deu através da resistência travada dentro das universidades por docentes, estudantes e técnico-administrativos.
Sete anos depois, em 26 de novembro de 1988, após a promulgação da atual Constituição Federal, passou a ser Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (o ANDES-SN).
Nesses 44 anos, esteve presente em grande parte das lutas em defesa da educação pública brasileira.
Ainda sob a pressão da ditadura empresarial-militar (1964-1985), preocupou-se em não apartar o trabalho acadêmico da realidade social, vinculando, na prática, a luta dos docentes às lutas de outros trabalhadores e trabalhadoras.
Durante toda sua história, lutou em defesa da educação pública e contra a precarização do trabalho docente. Teve participação ativa nas lutas pela redemocratização do país no início da década de 80 (Diretas Já!), anistia aos presos e exilados políticos e pela Constituinte 1986/88.
No processo da Constituinte, o ANDES-SN foi um dos protagonistas da luta que garantiu a gratuidade da educação pública na Carta Magna.
Apresentou propostas para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e, posteriormente, no final da década de 90, ajudou a elaborar o Plano Nacional de Educação (PNE) da Sociedade Brasileira.
Ainda na década de 90, o Sindicato teve papel de destaque na luta contra as privatizações neoliberais, tanto na educação quanto em outras áreas.
Também foi um dos pioneiros no rompimento com a estrutura sindical autoritária implantada no Brasil desde os anos 1930.
Todas as decisões são deliberadas pela base, que elege democraticamente todos/as os/as dirigentes. O Sindicato Nacional é mantido pela contribuição voluntária de seus sindicalizados/as, sem receber imposto sindical.
Nos anos 2000, lutou contra o projeto de Reforma Universitária do governo de Lula e suas implicações, tal qual o aumento das parcerias público-privadas dentro das universidades por meio das fundações ditas de apoio.
Também, desde a primeira edição, tem participado ativamente da construção do Encontro Nacional de Educação (ENE).
Durante o governo Bolsonaro e o período pandêmico, o ANDES-SN esteve nas ruas lutando contra as intervenções, as políticas privatistas e repressivas, medidas que atacaram diretamente a educação, a saúde, a previdência, os/as servidores/as e os serviços públicos.
Em 2024, junto ao Sinasefe e à Fasubra, o ANDES-SN construiu uma greve que chegou a 62 universidades e um número ainda maior de institutos federais.
O movimento adquiriu grande expressão política, unindo servidores/as técnicos/as e docentes em torno da valorização dos profissionais do ensino superior e da defesa da educação pública.
Nos últimos anos, o Sindicato Nacional tem se empenhado em combater todos os ataques aos direitos dos trabalhadores, das mulheres, da população LGBTQIAPN+, dos/as indígenas e de negros e negras.
O ANDES-SN tem atuado contra as políticas privatistas e repressivas, para construir uma ampla unidade em defesa das liberdades democráticas, em defesa da autonomia universitária e da educação pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada.
Texto: ANDES-SN e Assessoria de Imprensa ADUFPel
Fotos: Arquivos ANDES-SN e ADUFPel, Assessoria de Imprensa ADUFPel