Debate na ADUFPel aprofunda discussão sobre realidade enfrentada por docentes em seus locais de trabalho
Nesta quarta-feira (26), ocorreu, na sede da ADUFPel, o segundo encontro para debater o retorno das atividades acadêmicas e as expectativas para o próximo semestre na UFPel e no CaVG. A atividade aprofundou a discussão iniciada no dia 13 de fevereiro e tratou dos desafios enfrentados pelos docentes em seus locais de trabalho neste retorno às aulas e o futuro da universidade pública.
Antes de iniciar o compartilhamento de experiências, a secretária geral da ADUFPel, Elaine Neves alertou sobre os impactos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que retorna à pauta sob nova roupagem e ameaça os recursos da educação federal. Segundo Neves, a PEC cria condições que podem ampliar ainda mais a precarização da educação e da saúde.
Além disso, a diretora da entidade comentou que estão sendo planejados dois encontros para os próximos meses, com o objetivo de ampliar o debate sobre o Arcabouço Fiscal e a carreira docente.
Em complemento, a segunda vice-presidente da Seção Sindical, Valdelaine Mendes, abordou o cenário nacional, destacando as discussões sobre o arcabouço fiscal e seus reflexos na educação.
Assim que aberta a roda de conversa, um dos pontos trazidos para debate foi a pesquisa realizada pela ADUFPel em 2018 sobre saúde docente que, mesmo antes da pandemia, já evidenciava condições precárias na UFPel e CaVG. É um processo que se agudiza desde a pandemia e, ano após ano, a situação se torna mais complexa para o corpo docente.
Outra questão abordada foi a Medida Provisória (MP) n° 1.286/2024 que trata da contagem do período de estágio probatório para progressão e promoção funcional dos/as docentes do Magistério Federal.
Os/as participantes também discutiram a necessidade de rever os modelos de planejamento do calendário acadêmico, levando em conta fatores climáticos e estruturais que impactam diretamente o trabalho.
Sobre o CaVG, foram relatadas diversas preocupações relacionadas à precariedade estrutural e às condições inadequadas para a atividade docente, que reforçam a necessidade urgente de medidas para garantir um ambiente acadêmico digno.
Os debates evidenciaram que, apesar das particularidades entre diferentes unidades da UFPel, há problemas em comum que exigem soluções coletivas. O encontro reforçou a necessidade de união e mobilização para enfrentar os desafios que ameaçam a qualidade da educação pública e o bem-estar de docentes, estudantes e técnico-administrativos.
Encaminhamentos
Após ampla discussão, os/as docentes presentes na reunião, definiram a realização de um encontro, com a mesma pauta, na terceira semana de março, no CaVG, e na última semana de março, no Largo do Bola, e no início do próximo semestre letivo, nos campi Capão do Leão e Anglo.
No conjunto de atividades que ocorrerão durante a Jornada de Lutas, que se inicia no dia 10 de março, pela valorização dos/as servidores/as e do serviço público, na defesa do reajuste salarial, da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, decidiram enfocar na defesa da autonomia e da qualidade das instituições públicas de ensino.
Por fim, deliberaram buscar informações sobre a criação de um Colégio de Aplicação na UFPel e aprofundar esse debate em um próximo encontro.
O evento foi encerrado com uma confraternização, proporcionando mais um momento de integração entre os/as participantes.
Assessoria de Imprensa ADUFPel
Fotos: Assessoria de Imprensa ADUFPel