Docentes da UFPel/IFSul CAVG paralisam dia 22 contra a Reforma da Previdência
Em Assembleia Geral, realizada na tarde de ontem (19), os/as docentes aprovaram paralisação no dia 22 de março - Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações Contra a Reforma da Previdência. A mobilização está sendo chamada de forma unitária pelas centrais sindicais e visa fazer frente à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, que ataca gravemente os direitos previdenciários.
Para a presidenta da ADUFPel-SSind, Fabiane Tejada, a luta contra a Reforma da Previdência é urgente. “Neste exato momento, temos que inverter a correlação de forças. Temos que desgastar o governo e pressionar os deputados para que essa Reforma não seja aprovada. Isso a gente sabe fazer. Se faz com mobilização, se faz nas ruas, agregando o maior número de trabalhadores possível, para esclarecer as pessoas e para todos entenderem o que está acontecendo”, afirmou.
Rumo à Greve Geral, trabalhadoras/es aderem a Dia de Luta
A mobilização foi convocada de forma unitária pelas centrais sindicais e será marcada como o primeiro dia nacional de mobilização contra a Reforma da Previdência, apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro.
Em todo o país, trabalhadoras e trabalhadores irão unir-se em defesa dos direitos previdenciários e para conversar com a população sobre os efeitos nefastos da proposta. As atividades têm como objetivo formar ampla unidade rumo à construção de uma Greve Geral, cuja necessidade foi pautada durante o 38º Congresso do ANDES-SN.
Em Pelotas, as atividades estão sendo organizadas por entidades sindicais e movimentos sociais. No dia 22, haverá roda de conversa com a Assessoria Jurídica da ADUFPel-SSind, sobre a Reforma da Previdência, na sede da Seção Sindical (Major Cícero, 101), às 14h. Após, ocorrerá um ato no chafariz da Andrade Neves (Esquina Democrática), às 17h30, e, antecedendo o Dia de Luta, haverá panfletagem nos dias 20 e 21 de março, das 12h às 13h e das 17h30 às 18h30, com concentração no Chafariz do Calçadão.
A “Reforma”
A nova proposta de previdência apresentada pelo governo Bolsonaro pretende atingir milhões de trabalhadores/as em seus direitos. Além de aumentar a idade mínima para aposentadoria, o governo pretende fixar uma contribuição de 40 anos para o recebimento do valor integral dos benefícios. Ao fazer isso, prejudica aqueles que começam a trabalhar mais cedo, geralmente a parcela mais pobre da população.
Além disso, ao aumentar a idade mínima apenas para mulheres (para aquelas do meio urbano a idade passa de 60 para 62 e, para aquelas do meio rural, de 55 para 60), a Reforma deverá aumentar as desigualdades de gênero. Outras modificações pretendidas na proposta dizem respeito à diminuição do Programa Integração Social (PIS) e no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). Para saber mais sobre os principais pontos da proposta, acesse a entrevista realizada com Sara Granemann a respeito do assunto.
AG permanente
Os/as docentes deliberaram o fechamento da assembleia permanente, definida no dia 20 de novembro de 2018. Aprovaram, agora, que a AG de ontem fique com caráter permanente.
Unimed
Ainda na AG, foi relatado que o processo de negociação com a Unimed relativo aos reajustes está acontecendo com dificuldades. A ADUFPel-SSind está buscando que as negociações ocorram de maneira que os custos aumentem o mínimo possível para os/as sindicalizados/as.
Assessoria ADUFPel