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Em Assembleia Geral docentes votam pelo fim da greve

Na manhã desta sexta-feira (28), em Assembleia Geral de Greve realizada na sede da ADUFPel, docentes votaram pelo fim do movimento paredista e pelo retorno presencial das aulas para o dia 8 de julho. Professores e professoras devem retomar suas atividades na próxima segunda-feira (1). 


A mesa, composta pelos professores Carlos Rogério Mauch, representando a diretoria da ADUFPel, pela professora Celeste Pereira e o professor Lucas Löff Machado pelo Comando Local de Greve, iniciou os trabalhos trazendo a leitura do edital e logo em seguida passando para os informes. 


Dando início as informações previstas na pauta, Carlos convidou aos que estavam presentes para participarem da celebração dos 23 anos da RádioCom, veículo mantido pelos sindicatos e movimentos sociais da cidade, que vai realizar uma festa no próximo sábado (29), no Sindicato da Alimentação, para marcar sua trajetória de luta por uma comunicação popular e democrática.


Em seguida o professor Henrique Mendonça relatou as últimas atividades do CLG, que esteve presente na Faculdade de Educação no último dia 18/06 e também participou de uma ação no Centro Acadêmico da Filosofia no dia 19/06. Além disso, o comando promoveu duas rodas de conversa para debater o Parecer Normativo 108/24, que trata do retorno das atividades após a suspensão das aulas por conta dos eventos climáticos. O professor também lembrou do movimento de produção de rodos e da arrecadação de materiais de limpeza promovido pelo grupo para auxiliar as famílias atingidas pela enchente e destacou a importância da continuidade desta ação, visto que muitas pessoas ainda precisam de ajuda. 


Convidada para participar da assembleia, Teresa Fuji, representante da categoria dos TAEs (ASUFPel/Fasubra), falou sobre o histórico e a evolução da greve, destacando os eventos climáticos, os ganhos finais da mobilização, como a reposição dos aposentados e a continuidade da mesa de negociação. Ela também citou o desconto financeiro em consequência do fundo de greve que foi descontado e finalizou esclarecendo que o acordo com o governo foi assinado em detrimento da votação de 36 a 33 a favor da assinatura. Teresa informou ainda que na próxima segunda-feira (1), o ASUFPel realizará uma assembleia para deliberar pela saída unificada da greve. O representante do SINASEFE, também convidado para estar presente, não compareceu, mas enviou um comunicado anunciando que IFSul deliberou localmente pelo retorno às atividades.


A professora Celeste, que esteve inúmeras vezes em Brasília acompanhando o movimento nacional de greve, falou um pouco sobre como foi a última semana de mobilização. “A partir da última assembleia nossa aqui, onde cada seção sindical avaliou o que fazer, tinham aquelas três perguntas para responder, voltou para o Comando Nacional e foi feito uma sistematização das respostas e então ficou elencado que a maioria das Associações Docentes indicavam a saída da greve e indicavam a assinatura do termo de negociação. Mesmo entendendo que é um termo que não contempla as pautas da gente, todo o processo de luta que se estabeleceu, enfim, mas a grande maioria das AD’s tomou essa deliberação”, destacou ela.


Seguindo o debate proposto pelo encontro, já no ponto dois da pauta, que tinha como objetivo tratar da conjuntura e da orientação do CNG no comunicado nº 96/24, foi exposto pela professora Valdelaine da Rosa Mendes, onde ela trouxe um pouco do que foi o acúmulo do CLG nas últimas reuniões. Ela enfatiza que desde 2023 o movimento tenta negociar com o governo, sem sucesso, além disso, chama a atenção para as perdas inflacionárias na ordem dos 39,92%, percentual esse que foi a base para a proposta organizada pelo Fonasefe. Além disso, relembra os outros pontos que faziam parte das reivindicações da categoria. 


Apesar da força que o movimento demonstrou ao longo dos últimos meses de luta, a professora avalia que ficaram muitos questionamentos, como por exemplo: a metodologia para organizar as respostas encaminhadas a Brasília, depois da última assembleia. 


Acrescentou também, que do ponto de vista local, sobre o engajamento do CLG, apesar de todos os atravessamentos enfrentados, como a disseminação de mentiras nas redes sociais, as questões climáticas e a perda do colega do José Carlos Volcato, conseguiu reunir em torno de trinta pessoas para se debruçaram sobre as questões relacionadas a greve. Por fim, fez um balanço em relação às perdas e ganhos. “Nós perdemos, ganhamos e aprendemos. Vamos sair de 2024 com 0% de aumento, tivemos um aumento nos penduricalhos, muito aquém de outros poderes, que foram festejados pelo governo. Para os aposentados, nada em 2024, porque se quer essa recomposição nos auxílios os atingem. E ainda perdemos com o achatamento da nossa carreira, o que significa para os aposentados perdas a curto, médio e longo prazo. A recomposição orçamentária que também foi muito menor do que a gente pedia, a questão do revogaço que também não foi debatido. O pouco que ganhamos foi graças à greve e a luta”, finalizou ela.   


Encaminhamentos

- Volta ao trabalho para o dia 01 de julho, e a retomada das aulas para o dia 08 de julho, como forma de garantir o retorno unificado e estruturado do corpo discente e docente;

- Calendário de 18 semanas presenciais respeitando os projetos pedagógicos dos cursos e a unidade de discentes e docentes; - Transformar Comando Local de Greve em Comando Local de Mobilização; - Encaminhar ao Ministério Público Federal demanda sobre exclusão de candidaturas a bolsas de monitoria por professores que aderiram ao movimento grevista; - Encaminhar ao Ministério Público Federal discordância com a imposição de calendário de 15 semanas e 3 semanas remotas.

O presidente da ADUFPel, Carlos Mauch, finalizou o encontro falando dos 45 anos da seção sindical, comemorados no último dia 18 de junho e relembrou a história de lutas da entidade. “Comemoramos lutando pela categoria, pelo ensino gratuito e decidindo de forma democrática, como sempre foi. Então a cada um dos professores e das professoras parabéns. Vamos continuar sempre lutando neste espaço democrático pela nossa pauta. Agradeço a cada um que esteve aqui presente e especialmente aos que estiveram aqui esses 60 dias trabalhando, mesmo com dificuldades. Queria desejar a todos nós um bom retorno e dizer que a luta continua”.

Assessoria de Imprensa ADUFPel 

Fotos: Assessoria de Imprensa ADUFPel 


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