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Em roda de conversa na ADUFPel, docentes debatem impactos do projeto Future-se

O Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) da ADUFPel-SSind promoveu no fim da tarde de ontem (15), na sede da entidade, uma roda de conversa sobre o programa Future-se. O debate teve como objetivo a instrumentalização dos/as docentes para a discussão do projeto, que impacta não só no funcionamento das Universidades Federais, como, também, na população em geral e ameaça conquistas históricas da educação no país. 


Integrantes do Grupo de Trabalho, além da diretoria e do Conselho de Representantes da Seção Sindical, conversaram sobre os aspectos da proposta, que corroboram com o desmonte da educação pública. Também, foram abordados os impactos negativos identificados pela gestão da ADUFPel-SSind, que incluem colocar a universidade a serviço do mercado, alterar o papel social das instituições federais de ensino superior, possibilitar convênios privados nos Hospitais Universitários (HUs), entre tantas outras. 


A presidenta da ADUFPel-SSind, Celeste Pereira, revelou preocupação em relação à intervenção da iniciativa privada nas universidades. Além disso, destacou outro elemento que caracteriza o projeto: “O Estado se exime, ele tenta se retirar do papel que é garantido pela Constituição Federal, que foi muita cara, foi fruto de muita luta. Não é a melhor Constituição da face da Terra, não é mesmo, mas é onde a gente conseguiu estabelecer os princípios da Seguridade Social e aquilo que seria fundamental, como direito dos cidadãos e dever do Estado. Saúde, educação e segurança”. 


O diretor Francisco Vitória, professor do CaVG, apontou que o Future-se não é fruto de uma política recente, mas de algo que vem sendo imposto há décadas no país. “Este projeto nos foi apresentado pelo Fernando Henrique Cardoso. É resultado da implementação ainda das tais políticas neoliberais que já foram realizadas em outros lugares. A gente examinou isso, se colocou na resistência disso, lá com o Fernando Henrique Cardoso, e, se o projeto não foi nos colocado a partir de uma cartilha, de lá para cá, ele nos tem sido colocado a conta gotas”. Vitória ainda ressaltou a desresponsabilização do governo com o financiamento da educação, algo que também vem sendo enfrentado desde 2013, quando começaram a ocorrer os sucessivos cortes orçamentários. 


Encaminhamentos 

Após discussão aprofundada sobre o tema, o GTPE recomendou que a Assembleia Geral dos docentes da UFPel e IFSul-CaVG, que ocorre na próxima semana, dia 20 de agosto, posicione-se contrária ao Future-se, por compreender que o programa representa uma concepção de educação e sociedade antagônica ao que é defendido historicamente e ao que é apresentado no Caderno 2 do ANDES-SN.  


Também, indicou a não realização de plebiscito, já que considera que não é uma possibilidade escolher entre manter a educação pública e gratuita ou abrir mão deste princípio fundamental garantido na Constituição brasileira. A realização de uma nova plenária das três entidades representativas da UFPel (ADUFPel, ASUFPel e DCE), com a participação do Sinasefe e de Grêmios Estudantis, também foi sugerida. 


Assessoria ADUFPel

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